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Lançado em Julho de 1996, o Projeto Ciência Viva tem como missão a promoção da cultura científica e tecnológica junto da população portuguesa.
 

O Ciência Viva foi criado como uma unidade do Ministério da Ciência e da Tecnologia, competindo-lhe o apoio a ações dirigidas para a promoção da educação científica e tecnológica na sociedade portuguesa, com especial ênfase nas camadas mais jovens e na população escolar dos ensinos básico e secundário.
 

A AdSA associa-se à Universidade de Évora e à Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, para participar pela primeira vez no projeto Ciência Viva, colaborando na promoção das seguintes ações:

Geologia e ambiente – ação num passivo ambiental
 

Descrição da atividade:

Durante mais de três décadas foram depositadas em 12 bacias lamas perigosas de várias origens. Este conjunto de bacias poderá constituir um grave impacte ambiental, designadamente pela potencial contaminação do solo e água. Propõe-se o contato direto com esta realidade, com a observação dos diferentes impactes e a atuação de remediação em curso.
 

A ação proposta aborda 4 fases:

• passivo ambiental;
• impactes ambientais decorrentes das bacias;
• medidas e procedimentos de remediação; e,
• resultados.

O ciclo da água - a prova que a água é só uma

Descrição da atividade:

O Sistema Aquífero de Sines e as lagoas costeiras mostram claramente a relação entre a água subterrânea (aquífero) e superficial (lagoas).
 

Só se protege e valoriza o que se conhece, por isso esta ação procura dar a conhecer a importância deste recurso local.
 

O Sistema Aquífero de Sines (SAS) é composto por pelo menos dois aquíferos principais, um aquífero livre mais superficial e um aquífero confinado mais profundo. O primeiro é constituído por formações Plio-Quaternárias e Mio-Pliocénicas arenosas, intercaladas por formações argilosas, com produtividades entre os 5 e os 10 l/s, e o segundo por formações carbonatadas jurássicas, com zonas cavernosas preenchidas com areias e arenitos, o que proporciona uma grande capacidade de escoamento e armazenamento. Nestas zonas há captações capazes de produzir mais de 100 l/s em artesianismo repuxante.
 

Nesta ação irão visitar-se algumas captações da empresa Águas de Santo André e serão analisadas a importância do aquífero confinado para os abastecimentos públicos e a do aquífero superior livre para a manutenção das funções dos ecossistemas, nomeadamente os ligados às lagoas de Santo André e Melides e ribeiras adjacentes.
 

Com as visitas locais (captações subterrâneas da empresa Águas de Santo André e lagoas) pretende-se dar a conhecer a dinâmica do ciclo da água para que cada participante se torne um cidadão mais responsável. Aproveita-se a oportunidade para dar a conhecer significativos valores faunísticos e florísticos.

Importantes assuntos das alterações climáticas e ordenamento do território serão também abordados.
 

Um dia na Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha
 

Descrição da atividade:

A transformação da faixa costeira alentejana e o nascimento da laguna de Santo André no contexto da evolução do litoral português após a última glaciação.
 

A transformação dos ambientes lagunares ao longo dos últimos milhares de anos.
 

A dinâmica atual destes sistemas: qualidade da água, sedimentos de fundo, dinâmica do canal de maré, a influência do canal de maré.
 

Atividades antrópicas ligadas às lagunas (pesca, agricultura, turismo, educação ambiental).
 

A evolução futura das lagunas e a subida do nível médio do mar: perspetivas para uma gestão ambiental sustentável.
 

As dunas e o aparecimento de interdunares húmidos (turfeiras) nos últimos milhares de anos: relação com as alterações climáticas e a subida do nível médio do mar.
 

A turfeira como “DVD natural” gravando todas as alterações do meio envolvente.
 

A dinâmica atual destes sistemas: qualidade da água, sedimentos de fundo.

Atividades: Medição de parâmetros físico-químicos da água, observação de sedimentos.